Título: Príncipe Sombrio
Título Original: Dark Prince
Autor: Christine Feehan
Tradução: Alyne Azuma
Páginas:486
Ano: 2011
Editora: Universo dos Livros
Mikhail Dubrinksy é o Príncipe dos Cárpatos, o líder de uma sábia e secreta raça ancestral que vive na noite. Tomado pelo desespero, com medo de nunca encontrar a companheira que iria salvá-lo da escuridão, a alma de Dubrinksy gritava na solidão. Até o dia em que uma bela voz, cheia de luz e amor, chegou a ele, atenuando sua dor e seu anseio. Raven Whitney possui poderes telepáticos e os utiliza na captura dos mais depravados serial-killers. Desde o momento que se conheceram, Raven e Mikhail foram incapazes de resistir ao desejo que faiscava entre eles. Mas forças sombrias tentarão destruir esse frágil amor. E mesmo que sobrevivam, como poderão – cárpato e humano construir um futuro juntos?
Nenhum dos personagens da história conseguiu me cativar. O Mikhail é um ser totalmente possessivo, que me irritou na maior parte das vezes em que ele apareceu, ou seja, o livro inteiro. Quando ele não estava protegendo a Raven, estava fazendo sexo selvagem. E não precisava nem ter gancho para que acontecesse. O que me deixou um pouco (mais) estressada com a leitura. Você estava lendo sobre eles conversando na biblioteca em uma linha e na outra já começava a pegação geral. E o que eu senti foi que o foco da história caia completamente toda vez que rolava uma cena de sexo, que na minha opinião, nem é uma das melhores, quando o Mikhail ficava só com o mamilo da Raven. E então de repente as cenas mudam de lugar, e eu voltei a leitura para saber onde eu tinha me perdido ou deixado de ler. Mas as próprias cenas mudam sem ter uma lógica, um sentido. É como se você pulasse dois parágrafos inteiros e ficassem perdido na questão de tempo e espaço.
Porém, a base da história que a autora criou é muito legal, e podemos sentir isso quando lemos alguns outros livros de gêneros semelhantes. Por exemplo: eles protegem as mulheres com a vida. As veneram por ser que são e também porque o destino da raça está nas mãos delas. São muito intenso em seus sentimentos. Se amam, se odeiam, se estão angustiados, frustrados, desesperados: todos sentirão isso. E possuem uma própria maneira de se cuidarem, com sua língua antiga, com suas palavras bonitas, com uma lealdade admirável.
O que eu senti: tem uma falha muito grande na parte de edição do livro, que a Universo dos Livros já divulgou que será feito a correção e que a nova tiragem estará tudo lindo. A capa do livro é chamativa – tanto que enquanto eu deixei ele em cima da mesa do trabalho, seis pessoas pararam para olhar mais atentamente. Mas, como a versão que trouxe para o Brasil é uma especial de 1999, temos mais 100 páginas de uma leitura cansativa e repetitiva. A autora tem uma boa escrita, mas não soube criar uma história tão envolvente. Por diversos momentos eu me peguei devaneiando, e depois pensando que os personagens secundários eram talvez mais interessantes. Como primeiro livro de uma série que já tem 22 livros publicados nos Estados Unidos, é comum que se perca um pouco no primeiro livro, que é introdutório. Mas confesso também, que me desanimou. Eu simplesmente não tenho pique para esperar por livros de uma série tão gigantesca.
Por último, eu fiquei em dúvida: quem é Sombrio de verdade? No livro temos incontáveis vezes referências ao Gregori, O Sombrio. E nenhuma a Mikhail. Confuso, não é?